terça-feira, 2 de maio de 2017

Representação e Associativismo estudantil

Não me lembro bem quando comecei a me interessar pelo associativismo estudantil, acho que foi quando tava ainda no colégio e lendo a Constituição do Ceará, no art.215, §2º Serão também incluídas, como disciplinas obrigatórias dos currículos nas escolas públicas e privadas de 1° e 2° graus, matérias sobre cooperativismo e associativismo. Ai eu me questionava porque meu colégio não tinha Grêmio. Eu também não tive iniciativa de discutir sobre esse tipo de conteúdo de associativismo e de institucionalização com meus colegas. Fato é que eu tava um pouco, só um pouco, não suficiente, insatisfeito para confrontar a estrutura estabelecida e criar um discurso para entender e saber os motivos da não existência disso.

Depois, na universidade, cursando Ciências Sociais na Universidade Estadual do Ceará, eu me envolvi de cada com o Centro Acadêmico do curso e fiz parte da gestão que entrou na entidade em 2000. Mas insatisfeito com o forma e as propostas da instituição acabei não me envolvendo com a continuidade da instituição. Na verdade eu fiz parte do grupo que fez o CACS ser descontinuado, um grupo que se dizia anarquista, mas que eu não fazia parte das discussões teóricas. Era um grupo que intervia anarquicamente para desarticular as instituições que não estavam servindo ao propósito da emancipação humana.

Então eu comecei a rever minha visão de que descontinuar a instituição não é a solução para o problema da emancipação. Criticar a instituição como uma estrutura de dominação e alienação não resolver o problema com a inexistência dela. Usar a instituição como um mecanismo para a transformação do processo emancipatório para uma efetividade da emancipação é que deve ser a luta. Nesse sentido eu estabeleci um pensamento de que a representação estudantil é processo fundamental de aprendizado para a emancipação. Fazer parte de uma entidade que representa uma coletividade que congrega pessoas que você gosta e que você não gosta é um exercício de humanidade fundamental para o exercício de emancipação humana.

Ao tomar posse no Serviço Público no IFCE, especificamente ao começar o trabalho em Canindé, eu sempre apoiei o associativismo estudantil. A gestão do Campus Canindé sempre apoiou, tanto o Prof. Evandro Martins, quanto o Prof, Vidal, fizeram valer a representatividade das entidades para as causas dos estudantes. O Prof. Evandro sempre reconheceu a importância do movimento estudantil, notadamente pelo apoio e mobilização dos estudantes secundaristas de Canindé e região, para a efetivação da instalação do Campus Canindé.

Depois fui trabalhar no Campus Maracanaú prestando serviço no Departamento de Extensão Pesquisa e Inovação e fui designado pelo Diretor Geral, Prof. Júlio César para organizar um novo espaço destinado às entidades estudantis do campus, que tinha sido inaugurado em 2015, mas que precisava de mobiliário, equipamentos e outras materiais para funcionar. Ajudamos aos alunos na mobilização e também nas discussões para a implementação de Empresas Juniores, mas acabei saindo de Maracanaú antes de efetivar a organização dessas entidades nos espaços. Em Fortaleza, ainda sem nada definido nem conhecendo como a gestão do campus trabalha com as entidades, estou elaborando um plano de trabalho como um projeto de extensão para viabilizar uma mudança de postura e uma nova forma de fortalecer e dar visibilidade às entidades estudantis.

O estado atual do Campus Fortaleza com suas entidades é a seguinte:


  • Diretório Central dos Estudantes José Montenegro de Lima
    • Centro Acadêmico de Engenharia de Telecomunicações (CAET)
    • Centro Acadêmico de Engenharia da Computação (CAECOMP)
    • Centro Acadêmico de Engenharia Civil
    • Centro Acadêmico de Engenharia Mecatrônica
    • Centro Acadêmico do Bacharelado em Turismo (CATUR)
    • Centro Acadêmico da Telemática (CATEL)
    • Centro Acadêmico de Saneamento Ambiental
    • Centro Acadêmico Nice Firmeza - Licenciatura em Artes
    • Centro Acadêmico da Matemática


  • Grêmio Estudantil IFCE

Nenhum comentário:

Postar um comentário